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Diário de uma divorciada

Diário de uma divorciada

Deitar contas à vida de divorciada

 

Há momentos em que não critico as mulheres que decidem manter-se casadas por questões financeiras, especialmente quando há filhos; não as critico e até as compreendo.
A liberdade paga-se cara, a começar pelo processo de divórcio, e apesar de se apregoar muito a igualdade de oportunidades, o facto é que os nossos salários, regra geral, ainda estão muito aquém dos deles. E depois a questão dos filhos ficarem quase sempre a nosso cargo (independentemente dos motivos) não nos deixa respirar: despesas de saúde e de educação, por norma, são reembolsadas à parte do subsídio paterno (quase sempre mal estipulado e, por isso, insuficiente), o que, na prática, significa que lá estamos nós a entrar antecipadamente, qual Banco solidário porque não há juros.
Chegam-se as férias e o subsídio esfuma-se num ápice porque há sempre despesas atrasadas que convém liquidar. Enquanto os senhores vão passar férias ao Brasil ou a Ibiza, nós temos que nos contentar com a Costa da Caparica City e é porque a portagem é de borla durante o mês de Agosto.
A segurança Social dá-nos um bónus de cinco euros mensais em consideração ao facto de sermos famílias monoparentais e a seguir manda-nos um atestado com a informação de que nos enquadramos no escalão III que o mesmo é dizer que não temos direito a qualquer apoio escolar para os nossos filhos porque trabalhamos e por isso somos mais ricas que os pobrezinhos do escalão I, que mesmo com dois pares de braços e um par de cabeças aptas para levar dois salários para casa, preferem viver à conta das nossas contribuições para que os seus meninos possam ter telemóveis com GPS.
É assim e mais nada e quem se queixa é porque é má mãe.
Merda para o sistema, pá!
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