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Diário de uma divorciada

Diário de uma divorciada

Relações Perfeitas

A Isa confessou-me há dias aquilo que ela pensa ser o seu segredo para se manter casada vai para quinze anos. Antes de dizer o sim, impôs algumas condições ao seu actual marido. Preservar a sua independência foi a primeira. Dizia-me ela que “fora de questão ter que justificar o porquê de chegar mais tarde a casa. Também não lhe peço explicações de nada!”. Em segundo lugar, lá vinha a confiança. “Se algum dia tiver que enganá-lo, aviso-o no dia anterior.” – E eu a imaginar a conversa: - “Querido, temos pena, mas apaixonei-me por outro homem, pelo que, eu não queria, mas amanhã vou ter que cometer adultério.” – Pois, pois…).
Finalmente a terceira cláusula deste contrato verbal: se o marido lhe fosse infiel que levasse as malas que já estariam do lado de fora da porta e, já agora, que deitasse a chave para o lixo, pois a fechadura encontrar-se-ia mudada (só lhe faltava a Ágata como banda sonora).
 
Bem, a verdade, verdadinha é que não me convenceram nem um pouco estes hipotéticos argumentos. Bananas!? Só de imaginar já fico cansada. E reparem que eu disse “cansada” e desta palavra a “casada” vai apenas uma letra, o que só pode ter um significado: a conversa afectou-me.
 
Helá! Será que a vacina que levei está a precisar de reforço!? Não sei, mas que continuo a preferir morangos, lá isso continuo…
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Homens e Telenovelas

Alguns homens são como as telenovelas: basta assistir a um episódio para ficarmos a saber o enredo todo.

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Burocracias!?

O Cúmulo da burocracia é perguntarem-me o estado civil em vez do estado de espírito.
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Momento “Clic”

Desde tenra idade que nos ensinam a ter que ir a algum lugar, a alcançar uma meta, a competir com os outros e a nos empenharmos para ser “alguém” na vida. Porém, raramente nos ensinam a viver. E a verdade é que a vida não pára. Todos os dias há casamentos e todos os dias há divórcios; a cada dia que passam acumulam-se momentos. Uns bons, outros nem tanto. E de vez em quando há “aquele” momento, o momento a que eu chamaria “momento Clic”.O momento clic pode ser uma paixão ou pode ser uma decisão que tomamos num “vaipe”.
 
Impulsiva ou cautelosa, ponderada ou sensata, mãe ou mulher, modesta ou confiante… Afinal os outros esperam tudo de nós e esperam tanto de nós que, às páginas tantas, já não nos sobra espaço para Ser, simplesmente. E este Ser tem a ver com a tomada de posse a seguir ao momento clic, a tomada de posse no reino que conquistamos por nossa vontade e opção. É bom que nos preparemos para fazer da vida a nossa vida; deixemos as lágrimas correrem sempre que precisemos de lavar desgostos antigos, e logo após, toca a reinar: amar, sorrir, sentir, opinar, lutar e conseguir!
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Como cães e gatos

Por norma, as mulheres gostam mais de gatos e de tudo o que possa terminar em "inho", ao passo que os homens* preferem os cães (mais uma dúvida existencial para mim: as "ães"). Isso ou, como alguém já disse "os homens são de Marte e as mulheres são de Vénus".

 

É claro que esta questão de fundo não se tornaria um problema caso  não estivéssemos ambos a viver no planeta realidade, mas numa perspectiva diferente... (hmmmm.... hmmmmm). Tolerância, ninos e ninas!! A tolerância é aquela prima direita do respeitinho que também é um rapaz muito bonito. É que senão (e há sempre um senão) nunca mais nos entendemos!

 

*leia-se "homenzinhos"

 

(Ai, e o príncipe que tarda em chegar, caraças! Que mau feitio!!)

 

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Ainda o Divórcio

A forma como o divórcio é vivido tanto para os nossos pais como para os nossos filhos é ditada pela própria sociedade, quer pela importância (ou não) que o divórcio tem num determinado momento da nossa história, como também e principalmente, pelas atitudes tanto dos envolvidos no processo, em particular, como as dos outros, em geral.
Há trinta, quarenta anos atrás, a mulher ainda era o "elo-mais-fraco": havia poucas mulheres empregadas ou com um salário de miséria e os divórcios quando existiam, eram maioritariamente, decididos pelos homens. Neste contexto, quem mais sofria eram mesmo as mulheres por questões financeiras e por se verem obrigadas a criar os filhos sozinhas.
Hoje em dia, reparamos que, a custódia das crianças continua a ser atribuída, na maior parte dos casos, à mãe. Porém, e simultâneamente, também assistimos a uma maior vontade, da parte do progenitor masculino, a ficar com as mesmas ( e aqui também temos muito "pano para mangas". Seria bom que alguém desenvolvesse). Julgo, portanto que, hoje em dia, a perspectiva dos nossos pais, será, sobretudo, uma, perspectiva mais tolerante, mais compreensiva.
Relativamente ao ponto de vista dos nossos filhos, e pelo menos socialmente, também esse mudou. As crianças de hoje já não se sentem diferentes por serem filhos do divórcio, pois na sua convivência, lidam com muitas outras na mesma situação. Já quanto à sua realização familiar, a atitude dos próprios pais é bastante importante para uma boa gestão da situação por parte dos seus descendentes. Se é verdade que houve muitas coisas que mudaram, nomeadamente a nível de costumes e, no que se refere ao papel que cada um dos membros do casal desempenha na educação dos filhos, o mesmo não se poderá dizer quanto à atitude, ainda muito representativa da mentalidade retrógada de certos pais que, muitas vezes, promovem entre si verdadeiras guerras psicológicas, usando os próprios filhos como arma de arremesso, o que é, de facto, lamentável!!
Uma vez mais, cabe-nos a nós, enquanto seres adultos e conscientes das nossas decisões, a responsabilidade de tornar menos dramático o divórcio, pois não queremos, certamente, que os nossos filhos sejam vistos como vítimas dos nossos fracassos e/ou fraquezas. Além de que, é muito importante que nos convençamos que o desenvolvimento harmonioso de uma criança passa por um saudável relacionamento tanto com a mãe como com o pai, independentemente destes viverem juntos ou separados. Ontem, hoje e sempre.
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Hoje Aprendi...

...Que são as lágrimas e não as rugas que fazem uma pessoa envelhecer.

 

...Que o verdadeiro amor é aquele que permanece.

 

...Que escrever (criar), para mim, é viver.

 

...Que viver é uma arte.

 

Mas a maior lição de todas foi aprender que:

 

 A ARTE É DEUS QUE NOS GRITA!!

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Ser ou não ser

Tenho recebido inúmeros mails e como não posso responder a todos, AQUI VAI:
Um divórcio nem sempre é algo que se deseje, por vezes a vida impôe-nos regras e temos que cumpri-las, pois disso depende o nosso “bem estar” que é aquilo que todos procuramos.
Quero com isto dizer que, o estar-se divorciada(o) não é, de forma alguma, um estado de espírito, mas, pode ser, num ou outro caso, uma necessidade, ainda que a mesma nos seja imposta.
Pegando no "estar-se bem", cabe a cada um decidir o que quer para si mesmo.
No meu caso concreto, tenho encarado o divórcio como mais uma lição de vida. Tento ser positiva, pois "tristezas não pagam dívidas" e um divórcio, tal como outra situação de vida mais "difícil" não tem de ser um drama.
Por outro lado, nem sempre conseguimos estar sempre a sorrir. Por vezes é necessário deixar correr uma ou outra lágrima, porque as lágrimas limpam e purificam para além de nos fazerem amadurecer, também nos preparam para "Uma Nova Meta" http://diariodeumadivorciada.blogs.sapo.pt/7623.html.
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Mensagem na Garrafa

Completou-se o dia, o ciclo, a espera.
Casa arrumada. Vida arrumada. Não me faltava nada… até tu apareceres.
Surpreendi-me a escrever-te a verde, o que fez com que eu percebesse, finalmente, que as mulheres, às vezes, são mesmo muito complicadas. É como pousares uma caneta com o bico virado para baixo: quando lhe pegas, corres o risco de ficar com os dedos todos esborratados de tinta, mas se ao invés, te decidires, logicamente, por arrumá-la com o bico para cima, ela recusa-se, pura e simplesmente, a escrever. Teoria idiota esta; idiota, sim. E verdadeira. Ah, como eu te entendo agora!
 
Dois virus no P.C. Bolas, o meu pc tem dois virus!
Adiante…
Ainda bem que chegaste. Da última vez tinhas partido sem dizer “água-vai”, de olhar ainda mais altivo que o meu ( o que, confesso, me causou um certo embaraço) e o coração mais frio que um “iceberg”. Tão gelidamente sólido que nem que o fechasse no meu novo e moderno forno eléctrico com o turbo na potência máxima, ele pingaria uma gota sequer. Quando muito era capaz de ficar esturricado nas pontas, mas derreter, está quieto! Deixa estar. Afinal, não percebes nada de fornos eléctricos. Deixa-me só que te diga que não és o único a saber que o sexo pode ser servido em “take-away”, sem precisar de preceitos de aventais brancos ou provas de vinho. O sexo tem abertura fácil; não servimos o sexo, é ele que nos serve. Aliás, serve-nos a prática, mesmo aos soluços.
Ah, se tudo fosse tão fácil como despertar a líbido, não necessitaríamos de procurar, constantemente, folhas soltas com as instruções para a resolução dos problemas do mundo; se tudo fosse tão fácil como servirmo-nos do sexo, não existiriam problemas de moral ou de consciência; não haveria, espera, procura, esperança, nada. Principalmente, não haveria lugar ao constrangimento de dar de caras com o passageiro que viaja sempre clandestino: O Amor. O Amor… O Amor é o maior tabú de todos. Tu sabe-lo, eu sei-o. Ambos sabemos. E mesmo o teu coração, ainda que mais robusto que o “Titanic” um dia ainda há-de afundar-se, só para me dar razão.
 
Já conheço de cor as tuas costas. Deixa estar! Enquanto contemplo as tuas costas vazias pode ser que me ocorra um rótulo qualquer para essa visão tão estranhamente familiar de ti; tão pesada como um velho móvel sem utilidade. Um “mamarracho” ou talvez apenas um piano, mas um piano sem teclas, apenas com três pés e uma tecla. E assim, quando viesses, de vez em quando, à superfície, sempre me lembrarias a música, não a que já não poderias tocar, mas a que nos tocara um dia: distinta, bela, perfeita.
 
Deixa-me, agora, que te agradeça por teres vindo, mesmo sem ter a certeza se ainda consegues ouvir-me no meio dessa corrente que te leva de novo, quero agradecer-te na mesma. E, sabes que mais? Volta sempre. Pode ser que, da próxima vez, seja eu que não volte… a falar-te de coisas práticas ou profundas; pode ser que te peça, simplesmente, para me limpares os virus do PC, ou que não volte, apenas.
 
Finou-se o dia. A noite abate-se sobre o teu e o meu cansaço, um cansaço citadino e necessário enquanto tudo permanece imperfeito, ou quiçá, não. Seja como for, vou dormir. Arrumo o resto nos sonhos e envio-te o resultado numa mensagem de garrafa que o tempo ou a próxima maré arranjará maneira de te a fazer chegar.
 
Onde estarás agora?
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Rugas ou Experiência

Meu querido amigo Lino,

 

Hoje, ao folhear uma daquelas revistas"cor-de-rosa" de que tu não gostas nada, reparei nas rugas de uma actriz que já foi bonita.

Sabes, Lino, a velhice fisica é algo que, nas mulheres, não se vê nos olhos nem na alma; vê-se no pescoço.

Coninuo a passear os olhos pela revista ao mesmo tempo que tento perceber porque é que todas falam tanto sobre sexo: técnicas de uma audacidade duvidosa prometem salvar relações e garantem sensações ainda mais embriagantes do que andar de montanha russa. Se estivesses aqui agora haverias de explicar-me mais este "Sim porque Sim". Talvez até fosses mais longe e me dissesses porque é que, às vezes, me sinto velha ao contrário e porque é que, apesar do corpo ainda fresco, espero e procuro, nesta humildade parasita, nesta simplicidade que não produz nada, as faculdades acrescidas tão, mas tão dificeis de alcançar sem rugas no pescoço.

 

 

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