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Diário de uma divorciada

Diário de uma divorciada

Comprometimentos

Os amores mornos nunca me entusiasmaram. Sou mais pelas paixões escaldantes e irracionais, daquelas que nos fazem querer deitar tudo às urtigas e desaparecer com o objecto da nossa paixão para o outro lado do mundo em estado de pura inconsciência.
A questão é que nunca fui muito fácil de seduzir. E, modéstia à parte, não tem sido por falta de pretendentes, não senhor!
O Vitinho foi o primeiro menino a pedir-me namoro tinha eu uns oito anos e ele outros tantos. De mochila às costas, seguia-me até meio caminho de casa sempre com a mesma pergunta pronunciada com a sua vozinha tímida: “queres namorar comigo?”. Oferecia-me flores que apanhava no pátio da escola e todos os dias ouvia a mesma resposta: “vou pensar”. Na verdade, eu só estava a ganhar tempo para ver se acabava por apetecer-me andar com ele de mãos dadas, mas nada.
Ainda há pouco o vi abraçado à sua actual mulher a passear num centro comercial e fiquei enternecida.
 

Houve um bloguista muito conceituado que escreveu algures “eu não sou casável”, pois eu tenho a dizer que “eu não sou muito seduzível”. Tenho pena, mas não posso fazer nada, é uma questão que ultrapassa os meandros do racional. À falta de paixão, o meu futuro será mesmo ficar para tia, mas pelo menos serei uma tia apaixonada

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